O psiquiatra Rudolf Allers explica que não basta conhecermos nossos erros ou falhas para mudarmos nossos maus hábitos. Enquanto não compreendemos totalmente o pano de fundo dos nossos comportamentos, difícilmente conseguimos mudá-los. Ele fala de um triplíce significado por trás de nossas ações:
O objetivo imediato:
Uma sentença significa algo que estamos tentando comunicar, uma ação se refere a algo que estamos tentando alcançar. Assim, podemos pensar no que estamos tentando comunicar com nossas ações ou nos objetivos que estamos tentando atingir com elas para
entender melhor o que está nos movendo a agir daquela forma.
O estado de humor.
Outro ponto importante a ser observado para entender melhor os nossos comportamentos é prestar atenção em qual estado de humor precede nossas ações. Muitas vezes nossos maus-hábitos estão diretamente ligados à emoções como ansiedade, raiva, tristeza, inveja, orgulho, etc. Assim, saber reconhecer esses humores é outro ponto importante para buscarmos uma mudança.
A reação esperada.
Quase todas as nossas ações envolvem a intenção de obter alguma resposta ou reação de outra pessoa. Quando dizemos algo para alguém, esperamos que ela responda ou se sinta de determinada forma; podemos agir para ser aprovados ou evitar cair em descrédito. Algum relacionamento com outras pessoas, mesmo que indireto, nunca está totalmente ausente de nossas ações.
Cada um desses lados pode dar origem a um tipo de problema. Podemos errar em entender o sentido de nossas ações ou o significado das nossas palavras; podemos interpretar incorretamente os sentimentos que nos motivam; podemos causar as reações diferentes às que esperávamos e, mesmo assim, continuar agindo do mesmo jeito.
Todos os três se tornam fonte de muitos problemas e dificuldades. Olhar o nossos comportamento a partir desses três ângulos pode nos ajudar a ter uma imagem mais completa dele e facilitar o autoconhecimento e a mudança desejada
“Em toda tentativa de autoconhecimento, o observador e o observado são o mesmo; o ator é ao mesmo tempo o público. Eis aí a tremenda dificuldade e o grande perigo do autoconhecimento”