A ansiedade surge do fato de sermos livres para escolher entre diversas possibilidades. Também aparece nos choques provocados por mudanças e crescimento. Ela não é sempre negativa — pode ser normal ou se tornar neurótica.

A ansiedade normal nasce da consciência de que precisamos escolher. Diferente dos animais, nós humanos assumimos as consequências de nossas decisões, e isso inevitavelmente gera tensão.

A ansiedade neurótica surge quando ficamos paralisados diante das escolhas. Com medo de errar, tentamos prever tudo, nos perdemos em análises intermináveis e não conseguimos agir. O problema é não perceber que até os erros fazem parte do crescimento.

Desenvolver-se como indivíduo implica se afastar, em parte, de padrões familiares. Esse processo traz culpa e ansiedade normais — mas também é essencial para se tornar quem se é de verdade; para desenvolver uma personalidade autêntica.

Na ansiedade neurótica, a pessoa recua diante da culpa de romper com o conhecido. Ignorar o potencial criativo desse desconforto gera estagnação. Sem enfrentar o isolamento necessário, não há desenvolvimento.

“A meta da terapia não é livrar o paciente da ansiedade. Antes, é ajudá-lo a livrar-se da ansiedade neurótica para que ele possa enfrentar a ansiedade normal construtivamente. A ansiedade normal é uma parte inseparável do crescimento e da criatividade.” — Rollo May

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