De acordo com Edinger, a falta ou o excesso de aceitação podem prejudicar o desenvolvimento psicológico. Ele explica como isso ocorre em seu livro Ego e Arquétipo.

Inicialmente, a criança não tem uma separação psicológica clara entre ela e o ambiente, especialmente entre ela e os pais. Assim, a criança rejeitada pelos pais também passa a rejeitar a sua própria personalidade total (chamada de Self), sentindo que não merece viver ou ser o que é.

Pessoas assim costumam necessitar de uma terapia onde a aceitação seja o foco. Essa experiência de aceitação restabelece o contato com as fontes de força e aceitação internas, deixando o paciente livre para viver e crescer.

Por outro lado, a criança também comete atos inflados, excessivos, que precisam ser rejeitados e gerar arrependimento. Se seus pais jamais disserem “Não” ela desenvolverá uma psicologia de criança mimada, que nunca experimentou limitação ou rejeição.

A falta de rejeição também gera a falta de autoconsciência. Assim, a terapia para esse tipo de pessoa acaba se voltando para o estabelecimento de regras e limites, e também para a conscientização da sombra, que são os traços de caráter inferiores.

No desenvolvimento psicológico ideal, ambas as experiências devem estar presentes, tanto a aceitação quanto a punição quando os limites são ultrapassados. Porém, a criança deve se sentir plenamente aceita depois da punição, para que o ciclo se reinicie e sua consciência se desenvolva.

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