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O arquétipo do Animus
Por sua ligação com as ideias, o animus costuma assumir a figura de um mensageiro. Exemplos são o anjo Gabriel, que anuncia para Maria o nascimento de Cristo, ou Eros, que no mito de Psiquê anuncia que após 9 meses de espera ela terá um filho dele. Confiar nessas mensagens aparentemente irracionais significa abrir mão do controle total e deixar os direcionamentos inconscientes participarem da vida.
Porém, caso a mulher se feche para os conteúdos que vêm do inconsciente, o animus aparece na figura de um raptor ou violentador, representando uma tentativa de entrada agressiva do inconsciente na consciência. Assim, as mensagens se transformam em opiniões e julgamentos violentos e irredutíveis, que depreciam a si e ao outro, mostrando que existe algo de errado com a atitude consciente.
Para se proteger desse animus agressivo, surge uma necessidade de controle excessivo, que funciona como uma figura paterna que garante a segurança. A mulher pode satisfazer essa necessidade buscando alguém que faça esse papel ou se tornando ela mesma controladora. Em ambos os casos existe um sentimento forte de insegurança sendo compensado.
Por isso, não é raro que as mulheres possuídas pelo animus tenham uma relação excessivamente próxima, beirando o incesto, com o pai, ou tenham um vazio dessa figura na sua história de vida. Neste caso, o animus só consegue agir através das eventuais possessões. Essas mulheres enxergam o animus como uma ameaça, já que esse arquétipo impele a assumir os riscos da vida e deixar o lar protegido do pai para trás.
Enquanto o pai representa o domínio seguro da lei e da cultura, o animus está mais ligado com a figura do herói, que atravessa as fronteiras do mundo conhecido para se aventurar no desconhecido, com todos os riscos e promessas envolvidos. A mulher que tem medo desse lado da vida terá um problema de relação com seu animus, apesar de poder ser perfeitamente adaptada à sociedade.
Quando a mulher aprende a se relacionar conscientemente com seu animus, ela abre mão do controle excessivo por se sentir segura na relação consigo mesma. Então ela passa a lidar melhor com as irracionalidades, inseguranças e riscos inerentes à vida. Consequentemente, ela consegue relaxar, buscar seus objetivos e interesses, e permitir que os outros se aproximem verdadeiramente dela.
Por isso, a chave nos mitos de desenvolvimento feminino é a confiança, como na história de Maria, que é o exemplo de um processo de desenvolvimento bem sucedido. Psiquê passa por uma situação parecida, mas acaba desconfiando no caminho e iluminando o rosto do seu marido Eros antes do tempo. Por isso, ela paga o preço pelos seus erros através de diversos trabalhos de compensação.
Não que confiar nos conteúdos inconsciente seja algo que deva ser feito cegamente, já que ,muito provavelmente, as primeiras tentativas de interpretação serão incorretas. Porém, é só se entregando a esse processo de erros e acertos que o indivíduo vai aprendendo gradativamente a compreender a si mesmo.
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